Mensagem de Vovó Luiza – Data: 10/02/2017 – Primeira mensagem da mentora no ano de 2017

 

Oxalá possa abençoar todos vocês fiacos desta casa.

Podem sentar. Nega tem uma fala rápida para não atrapalhar a gira nem atrapalhar o trabalho da sala.

Há um tempo atrás, nêga disse, o que precisa ser relembrado, que o homem é como se fosse uma bolha de água, na água. Quem é mais antigo vai lembrar desta fala de vovó.

Ele nasce em Deus, Vive em Deus e morre em Deus. A água que sustenta essa bolha é como a sustentação de Deus e da sua criação com o homem, que seria essa bolha de água. Nasceu da água, vive na água e morre na água quando a bolha se estoura.

Então, crianças, o que nêga tem visto é que existe muita diferença no tratamento dos problemas desta vida. Que existe uma diferença daquele que desenvolveu esta consciência -que nasce em Deus, vive em Deus e morre em Deus- daqueles que vivem uma outra consciência, fora de Deus, buscando Deus a qualquer custo de qualquer maneira.

Deus não fez o homem e colocou na terra e disse assim: -Vai lá, luta, briga, guerreia que Eu estou aqui, te esperando! O movimento dele é o contrário, -Eu estou em Você! A sua luta é minha, a sua guerra é minha, a sua dor é minha. Porque você sou eu, porque você tem a minha natureza, porque eu sou a sua sustentação e não há diferença entre eu e você. A vida vai ser aquilo que você determinar. Se você determinar que a vida é uma guerra, ela vai ser uma guerra. Você vai viver guerreando, lutando, esbravejando mas, fora dessa consciência de pertencer a natureza maior de seu criador. Se você achar que a vida, você precisa enfrentar, que você precisa guerrear, que você precisa lutar ela vai ser assim. Não vai ser diferente daquilo que você escolheu no seu pensamento.

Mas, se você compreender que tudo, absolutamente tudo, as suas dores e as suas alegrias, estão dentro desta bolha, que é você sustentada por Deus, tudo se muda no seu olhar. Tudo se muda na sua forma de passar. Tudo se muda na sua forma de compreender. Então, que nêga hoje vem pedir aos filhas desta casa, porque nêga esteve durante todo o tempo, com essa minha menina, amparando, intuindo, acalentando, acalmando nos momentos de fraqueza, porque a mãe de Santo de vocês é humana. Ela tem carne, tem osso, tem sangue, tem sentimentos e além do mais, existe a forma de olhar.

Nêga chegou para minha menina e disse: – Porque você está sofrendo com tudo isso? Porque você está olhando pequeno. Você está olhando com o sofrimento com olhar de mãe, mulher, terrena. Você não está olhando para tudo isso com o seu olhar espiritual, o olhar de Obaraiyê, a mãe que nasceu da fonte sagrada de um Axé.

Porque se você deixar de olhar o olhar pequeno da mãe mulher, por tudo o que você está passando e abrir o seu olhar pra mãe Obaraiyê, que acredita em forças sagradas da cura, que nasceu para viver um Axé –e testemunho só dá quem passa e quem vive, ninguém dá um testemunho porque pensou que viveu uma situação- e hoje, nêga diz aquilo que minha menina tem dito e o que eu disse para ela: A minha menina vai testemunhar, aqui nesta casa, todo esse processo de cura que sá Hermano está sendo instrumento, não só dele mas, de todos vocês.

Talvez seja o tempo dos filhos olharem para mãe, humana também. Talvez seja o tempo dos filhos olharem para a mãe que sofre, que dói, que chora, que tem seus momentos de insegurança, que tem seus momentos de carência, não é?! Essa mãe que está aqui à frente das reuniões, que passa essa força, ela é humana. Ela tem os sentimentos humanos, senão não estaria encarnada.

Então, este processo é muito maior do que vocês podem enxergar, e até o que ela mesma estava olhando, muito pequeno para tudo isso. A casa está passando por um grande movimento de cura, de cura espiritual. E foi dito aqui que este ano seria a travessia de um deserto.

Imaginem a força que tem que ter, os recursos que tem que ter guardados na sua bagagem, para se atravessar um deserto. Como se atravessa um deserto sem uma bagagem guardada, sem um recurso acumulado, sem uma força controlada para ser distribuída ao longo da caminhada? Como se atravessa um deserto no desespero dos primeiros passos da areia que queima e da sede que bate? E se acha que não vai conseguir.

Mas, aqueles que buscarem a sua bagagem melhor, a sua luz, os seus recursos espirituais encontrarão seus oásis ao longo do caminho, para se reabastecer, para se renovar, para seguir a caminhada e atravessar este ano difícil, mas, que ele não é de treva, ele não é de dor, ele não é de sofrimento a não ser para quem queira se conectar com isso. Ele é um ano de suncês encontrar a sua bagagem.

A espiritualidade está fazendo assim: O que que você tem aí na sua mala? O que que você está trazendo para atravessar o seu deserto? Porque é um ano de se resgatar processo kármico. Esse é um tempo de processo kármico. É um tempo de coisas que serão cobradas, erros do passado serão cobrados, serão acesas luzes de situações que vocês pensam que já venceram. Mas, que estão guardadas nas suas consciências de forma de escuridão. Mas, a espiritualidade vai acender sentimentos que vocês pensam que nunca mais poderiam ter sentido ou situações que para vocês estavam vencidas. E, vocês vão ver, que estavam apenas adormecidas.

Então, que vocês se conectem com a força e a graça divina. Que vocês sintam-se como esta bolha que nasce na água, vive na água e morre na água, quando tiver o tempo dela de se consumir. Não saiam da sintonia do Criador. Não saiam da sintonia do Pai Maior. Porque o desafio não é para fraco. Fraco vai cair, vai dar patada no chão, vai ter que pedir ajuda, vai ter que fazer um monte de coisa para levantar a criatura. Mas, os fortes encontrarão na sua bagagem, a forma de atravessar o deserto.

Nêga diz, também, que suncês encontrem nesta casa, no seu irmão, no Axé que está plantado neste solo, a força e o ensinamento necessário para amenizar as dores que baterão na porta, porque ninguém é imune a dor. Não é porque suncê está com uma roupa branca, não é porque minha menina é mãe de Santo que a dor não vai bater na porta dela. A dor bate em todas as portas. O que diferencia é como você vai lidar com ela: na Graça Divina ou você tem buscando Deus lá fora, como se você tivesse se afogando em alto mar e tentando segurar alguma coisa para não se afogar e essa coisa seria Este Deus fora de você, que na realidade é uma ilusão do ego, é uma ilusão este Deus fora de você. Deus está presente em todas as suas criaturas. Ele e você são a mesma presença.

Então, sejam divinos, se tornem divinos, vivam a graça divina, e não escolham sofrer, não escolham a dor para seguir o caminho. Escolham seguir com a sua bagagem melhor e adquirindo outras que precisarão ser usadas dentro deste processo.

A casa agora vai fechar para o período de carnaval. Que suncês orem por todos. Orem pelo planeta. Vocês já sabem que o momento em que o planeta Terra entra na sua própria sombra. Mas, que suncês sejam luz neste momento, que suncês sejam amor neste momento. Não este amor que se prega e que depois acaba. Mas o amor pregado pelo Mestre Jesus, por Nossa Senhora, o amor incondicional, não importa quem está, quem chegará e quem sair, todos estão dentro desta bolha, deste contexto, desta natureza divina. Todos são seres criados, todos são da natureza divina. Mas os ciclos se encerram, e suncês estão iniciando hoje.

E no final deste deserto, os fortes que chegarão vitoriosos encontrarão nêga, lá do outro lado, para abraçar e dizer: – Você venceu a si mesmo. Você venceu os seu desafios. Você se conectou com o Pai e passou pelas suas provas dentro da graça divina. É isso que nega quer que suncês desenvolvam, não na palavra de nêga, mas dentro do coração. Pensem sobre essa fala. Pensem sobre este momento. Porque nêga quer os seus filhos abrindo as suas malas e as suas bagagens e olhando lá dentro tudo que ele criou de melhor, tudo que ele acumulou de melhor para conseguir seguir esse deserto e atravessar com toda a certeza da vitória, sobre todos os obstáculos que este tempo vai trazer.

Que Oxalá possa abençoar. Que suncês possam se manter em família, que suncês possam se manter unidos, que suncês possam se fortalecer um com o outro. Mas que, principalmente, amem-se! Amem-se! Incondicionalmente. Para de botar rótulo, para de rotular, para de achar que fulano é assim, é assado. Não! Fulano é ele, diferente de você. Respeite isso! Ame ele do jeito que ele é. Perdoe as suas falhas, porque todos falham em algum momento da vida e, se você não sabe perdoar, porque você vai querer perdão? Então, que suncês pratiquem tudo o que a casa ensinou até aqui. É isso que é o chamamento. É a prática da fala. Porque suncês falam tão bem e às vezes atuam em grupos tão mal. Então está havendo uma grande diferença aí, precisamos afinar, -Quem é você? Aquele que fala, ou aquele que faz? É isso que precisa ser definido. Tá certo?!

Que Oxalá possa trazer todas bênçãos para suncês!